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A transição energética é um dos grandes movimentos globais da atualidade, marcada pela busca de uma matriz de baixo carbono, mais limpa e sustentável. Mas, junto com a promessa de redução de impactos ambientais, surge um paradoxo: essa transição depende diretamente da mineração, atividade que carrega seus próprios desafios socioambientais e regulatórios. 

Para viabilizar baterias, veículos elétricos, turbinas eólicas e painéis solares, cresce a demanda por minerais críticos como cobre, níquel, lítio e terras raras. Inclusive, a  Agência Internacional de Energia (IEA) estima que, até 2040, a demanda global por esses insumos pode multiplicar por até seis vezes, impulsionada pelo avanço de tecnologias de baixo carbono. 

Esse cenário coloca a mineração no centro da transição energética: é necessário garantir a oferta desses recursos estratégicos sem abrir mão da rastreabilidade, da produtividade e, principalmente, da responsabilidade socioambiental. 

O futuro da mineração no Brasil 

O Brasil desponta como um ator relevante nesse processo. Um estudo realizado pela EY em parceria com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) aponta que o país é um forte candidato a receber investimentos voltados ao desenvolvimento de metais críticos para a transição energética. 

Entre os fatores que sustentam essa posição estão: 

  • Recursos minerais de alta qualidade já identificados em território nacional. 
  • Matriz energética de baixa emissão de carbono, que confere competitividade ao setor. 

Por outro lado, o estudo ressalta a necessidade de aumentar os investimentos em pesquisa mineral, ao mesmo tempo em que se fortalecem as práticas de ESG e governança, essenciais para dar legitimidade e sustentabilidade à atividade. 

Mineração, governança e legitimidade social 

Atuar de forma sustentável na mineração não significa apenas atender exigências legais. Trata-se de construir bases sólidas para uma relação transparente com a sociedade, prevenindo conflitos, respeitando comunidades e adotando uma postura ética diante dos impactos gerados. 

Nesse contexto, contar com parceiros que compartilham dos mesmos valores e propósitos se torna estratégico. Mais do que extrair minerais, o setor precisa atuar como protagonista de um desenvolvimento energético que seja, de fato, transformador e sustentável. 

O papel da gestão fundiária na transição energética 

Entre os fatores críticos para viabilizar novos empreendimentos de mineração está a regularização fundiária.  Afinal, devido à complexidade do setor, projetos de mineração enfrentam desafios específicos que precisam de um olhar mais rigoroso. Já abordamos esse assunto nesse texto aqui. 

A clareza e a segurança sobre a ocupação do território não apenas evitam riscos jurídicos e sociais, mas também garantem maior eficiência e transparência aos projetos. Portanto, a inteligência na gestão fundiária é um elo essencial entre mineração e transição energética: contribui para alinhar produtividade, governança e compromisso socioambiental. 

É nesse ponto que a VisãoGeo atua, oferecendo consultoria especializada que apoia empresas na implantação de projetos de mineração mais eficientes e em sintonia com as metas globais de descarbonização.