Geodésia, cartografia e topografia são técnicas geográficas que têm sido otimizadas com avanços tecnológicos. Entenda o que cada uma pode fazer por sua empresa.
A Geografia é uma área bastante interdisciplinar, pois utiliza diferentes conhecimentos e ferramentas para estudar não só o espaço físico, mas também os fenômenos (naturais e antropológicos) que alteram a paisagem e como isso se relaciona com a organização social e econômica de uma determinada região.
A Geografia é composta por diversas disciplinas que, juntas, traduzem o espaço físico em representações e permite a elaboração de análises. Muitas pessoas podem acabar confundindo geodésia, topografia e cartografia, contudo, apesar de trabalharem conjuntamente muitas vezes, elas se tratam de diferentes técnicas geográficas. Confira as diferenças a seguir:
Geodésia
Geodésia é um termo há muito tempo estabelecido na geografia e se refere à técnica de medição e divisão de terras. Modernamente, esse campo de conhecimento passou a incluir o estudo do campo gravitacional terrestre e da superfície oceânica.
A Geodésia se divide basicamente em dois ramos de atuação. Um deles tem uma função teórica e é estruturada por investigações científicas que buscam determinar as dimensões e a forma do planeta Terra. O outro ramo é mais prático e envolve a disponibilização de informações para apoiar trabalhos diversos para outras áreas afins (como engenharia, cartografia e topografia).
Enquanto a Geodésia Geral se encarrega de mensurar a forma e as dimensões da Terra, a Geodésia Aplicada determina a posição exata de pontos específicos na superfície terrestre, nas áreas oceânicas e continentais, para fins de mapeamento a partir de operações geométricas que mensuram distâncias e ângulos.
Esse ramo de conhecimento também pode se utilizar de satélites artificiais para rastrear a superfície terrestre, estando presente em projetos de obras de engenharia para a construção de pontes, barragens e grandes edifícios. Outra aplicação dos conhecimentos da geodésia é durante o trabalho de ecólogos, que levantam dados sobre os efeitos das ações humanas sobre o meio ambiente
Topografia
A topografia pode ser definida como a ciência que estuda as características na superfície de algum território – tais como: relevo, declínio ou outro acidente geográfico.
Esse estudo sobre as superfícies terrestres está presente desde os primórdios da humanidade em sociedades como a egípcia, a babilônia, a chinesa e a árabe, nas quais era utilizado para descrever, avaliar e delimitar propriedades rurais e urbanas e fazer um levantamento de como ocupar cada área da maneira mais apropriada.
Entre as ferramentas utilizadas pela Topografia, podem-se citar o teodolito (instrumento de precisão óptico usado para realizar a medida de ângulos verticais e horizontais) e o nível (usado para medir inclinações em planos, podendo ser digital ou óptico).
Assim como a Geodésia, a Topografia representa a Terra (cuja superfície é irregular) em um plano. Contudo, existe uma diferença básica entre ambas: a topografia estuda a área de uma determinada superfície com até 30 km de dimensão.
Já a Geodésia trabalha com proporções de escala maiores e estuda e mapeia grandes porções do planeta Terra. Por isso, pode-se dizer que a Topografia é um segmento da ciência Geodésia.
Cartografia
A cartografia é a área do conhecimento que estuda, analisa e produz plantas, mapas, cartogramas e todos os tipos de representações gráficas do espaço. Assim, esse conjunto de técnicas científicas e até artísticas busca elaborar documentos que representem, de forma reduzida, as características de uma determinada localidade.
O desenvolvimento tecnológico permitiu a obtenção de técnicas avançadas e capazes de produzir mapas altamente detalhados e capazes de cruzar um grande volume de dados. Contudo, a produção de mapas e plantas é uma ciência antiga: historiadores apontam que o mapa mais antigo da história tem cerca de 4500 anos, tendo sido produzido por povos babilônicos.
Uma mesma área pode ser representada de diferentes formas em diferentes sociedades e momentos históricos, sendo que cada um deles pode priorizar representar uma determinada informação em detrimento de outra. Assim, é importante lembrar que a cartografia é demarcada e condicionada historicamente, pertencendo assim à história social das representações do espaço.
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