Nos últimos anos, a forte expansão de usinas eólicas e solares no país, especialmente no Nordeste, trouxe um novo desafio ao Sistema Interligado Nacional (SIN): o curtailment. Que nada mais é do que redução temporária da geração por restrições na rede de transmissão ou para manter a estabilidade do sistema.
Embora represente um sinal de que temos abundância de energia limpa, o curtailment também significa perdas para geradores e risco para novos investimentos. Dessa forma, o cenário exige soluções estruturais e operativas para aproveitar ao máximo a geração renovável. Em particular, destaca-se a adoção de sistemas de armazenamento em baterias (BESS).
No texto a seguir, exploramos essa e outras tendências do setor para lidar com o curtailment no Brasil.
Boa leitura!
Armazenamento de energia
Entre as principais respostas ao curtailment está a adoção de sistemas de armazenamento em baterias (BESS). Essa tecnologia permite deslocar o uso da energia gerada para horários de maior consumo e oferecer serviços ancilares, como controle de frequência e tensão, que aumentam a flexibilidade do SIN.
A regulação para integração de baterias vem evoluindo, e projetos-piloto já mostram como o armazenamento pode reduzir cortes e melhorar a qualidade do fornecimento. Além dos sistemas conectados à rede em larga escala, cresce também o interesse em soluções que dão mais autonomia a consumidores e geradores distribuídos.
Inclusive, autoridades preveem que ainda neste ano seja publicado edital para um primeiro leilão de contratação de potência via armazenamento de energia em baterias. A Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia (Absae) estima que o certame atraia cerca de R$ 70 bilhões em investimentos até 2034.
Há diversas alternativas tecnológicas para o armazenamento de energia, mas um desafio comum é encontrar a área ideal para implantação dos empreendimentos.
A região precisa atender a critérios de localização, topografia e capacidade. Nesse processo, podem ser necessários serviços de desimpedimento de faixa, regularização fundiária e consultoria especializada. É exatamente aqui que o trabalho da VisãoGeo pode beneficiar o seu projeto.
Expansão da transmissão: mais caminhos para a energia renovável
Outra tendência central é a ampliação e modernização da rede de transmissão, criando “corredores” para escoar a energia das regiões de maior geração para os centros de consumo. Leilões recentes têm priorizado reforços em regiões estratégicas, além de equipamentos para controle rápido de reativos e compensação síncrona, que ajudam a integrar fontes intermitentes.
Essa expansão não é imediata, afinal grandes obras de transmissão levam anos para entrar em operação. Por isso, o planejamento integrado entre geração e rede é fundamental para reduzir gargalos.
Ademais, outras possibilidades para lidar com o curtailment incluem:
- Otimização da operação com previsões mais precisas de vento, irradiância e consumo.
- Respostas da demanda, estimulando consumo nos momentos de maior oferta renovável.
- Hibridização de usinas, combinando eólica, solar e armazenamento para suavizar a geração e aproveitar melhor a infraestrutura existente.
Como transformar o desafio em oportunidade
Para muitos, o curtailment no Brasil é um efeito colateral da transição energética. No entanto, nós entendemos que o avanço das renováveis é expressivamente positivo e a chave está em equilibrar o crescimento da geração com investimentos em rede e tecnologias de flexibilidade.
Para investidores, operadores e planejadores, isso significa olhar além do custo por megawatt e incluir na análise fatores como risco de escoamento, localização estratégica e potencial de mitigação com baterias ou soluções híbridas.
Na VisãoGeo, transformamos dados em análises precisas e mapas de risco, ajudando empresas a escolher onde investir, como dimensionar seus projetos e quando entrar no mercado. Como resultado, reduzimos falhas e aumentamos a competitividade da operação.
Além disso, no âmbito da expansão da transmissão, oferecemos estudos fundiários de alta precisão e apoio técnico completo desde o planejamento até a implantação.
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